Os 133 cardeais que participarão do conclave para eleger um novo papa já chegaram a Roma, informou o Vaticano nesta segunda-feira (5).
O conclave começará com portas fechadas, na Capela Sistina, nesta quarta-feira (7), com todos os cardeais com menos de 80 anos com direito a participar da escolha do sucessor do papa Francisco, que morreu no mês passado.
Alguns cardeais buscam um novo papa que dê continuidade à iniciativa de Francisco de criar uma Igreja mais transparente e acolhedora, enquanto outros estão buscando um retorno às raízes mais tradicionais que valorizam a doutrina.
Os conclaves geralmente se estendem por vários dias, com diversas votações antes que um candidato obtenha a maioria necessária de 75% para se tornar papa.
Cardeais têm se reunido quase diariamente desde o dia seguinte à morte de Francisco, em 21 de abril, para discutir a situação da Igreja de 1,4 bilhão de membros, com o número de clérigos participantes aumentando gradualmente.
O Vaticano informou que 180 cardeais, incluindo 132 eleitores, participaram de uma reunião na manhã desta segunda-feira. O 133º eleitor também já está em Roma, mas não participou das discussões.
Dois cardeais, um da Espanha e outro do Quênia, não participarão do conclave por motivos de saúde, informou o Vaticano.
Entre as questões abordadas nesta segunda-feira estava a "forte preocupação" com as divisões dentro da Igreja, disse o porta-voz do Vaticano – em uma possível referência às divisões sobre a decisão de Francisco de permitir bênçãos a parceiros do mesmo sexo e de abrir a discussão sobre o papel das mulheres na Igreja.
Os cardeais também falaram sobre o perfil de um futuro papa – "uma figura que deve estar presente, próxima, capaz de ser uma ponte e um guia... um pastor próximo da vida real das pessoas", disse o porta-voz.
Embora alguns cardeais sejam vistos como possíveis candidatos à sucessão de Francisco – dois deles frequentemente mencionados são o cardeal italiano Pietro Parolin e o cardeal filipino Luis Antonio Tagle – muitos dos clérigos votantes ainda não se decidiram.
"Minha lista está mudando e acho que continuará a mudar nos próximos dias", disse o cardeal britânico Vincent Nichols, que participa de seu primeiro conclave, à Reuters.
"É um processo que, para mim, está longe de ser concluído, muito longe de ser concluído."
Os cardeais realizarão uma segunda sessão de discussões nesta segunda-feira, com uma rodada final prevista para terça-feira.
Duas casas de hóspedes do Vaticano abrigarão os cardeais durante o conclave, quando eles serão impedidos de entrar em contato com o mundo exterior.
O cardeal alemão Walter Kasper, que tem 92 anos e não pode participar da votação, disse que tem certeza de que os eleitores escolherão alguém que seguirá a agenda progressista de Francisco.
"Acredito que há uma expectativa muito clara. As pessoas querem um papa que siga Francisco. Um pastor que conheça a linguagem do coração, que não se feche em palácios", disse Kasper ao jornal La Stampa.
"É claro que também há cardeais que esperam uma mudança de direção com relação a Francisco. Mas minha impressão é que a maioria dos cardeais é a favor da continuidade."
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