Todos precisamos de amor, carinho, atenção e cuidado, é um fato, porém o problema está em acreditar que não se sobrevive sem aquela determinada pessoa; o primeiro passo para desconstruir essa crença é saber a diferença entre "precisar e sentir falta"... para evidenciar melhor, podemos refletir assim: todos precisamos respirar para nos manter vivos, então, neste momento nós estamos respirando, não porquê queremos, mas porquê precisamos e não vivemos pensando se um dia vamos ficar sem ar, simplesmente respiramos porque é algo natural; a experiência de precisar de algo é tranquila, porque partindo do exemplo, sabemos que o ar está disponível e temos pulmões que vão pegar esse ar que precisamos, ou seja, mesmo sem perceber eu tenho essa capacidade autônoma de satisfazer essa necessidade; agora, imagine se alguém coloca um saco plástico na sua cabeça 🤔 Só de imaginar já dá agonia, não é? E nesse sentido sim, você sente falta, e sentir falta é naturalmente estressante, dando a nítida impressão de que não vai sobreviver; essa privação é algo exterior, que foi imposta por alguém e, partindo dessa interpretação, conclui-se que precisamos de ar, tanto quanto da troca afetiva, mas a pessoa que tem dependência afetiva, sente falta pelo pavor da solidão, e tudo tem origem na infância, pois toda criança tem medo de ficar sozinha; um bebê é dependente de tudo e esse paralelo existe porque quando criança, nós desenvolvemos mecanismos para administrar a solidão: um deles é o 'choro', o outro é um 'objeto' que substitua a mãe e ainda o outro é a 'esperança'.
Esses 3 mecanismos são usados para alimentar a dependência emocional e, quando adultos, continuamos arranjando mecanismos para fugir da solidão, os mesmos da infância: o choro, o objeto - que atualmente podemos citar o celular, que é o intermediário das mensagens e respostas, dos telefonemas e chamadas que a expectativa alimenta, olhando se a pessoa está on-line ou não, seguindo redes sociais para stalkear a vida do outro e assim, pensa estar fugindo da solidão, mas só consegue alimentar a dependência afetiva, sem se dar conta que a criança dependente ficou na infância; agora, o adulto já pode fazer as coisas por si só e tem liberdade emocional para poder treinar seu cérebro a entender que seu emocional cresceu.
A esperança é outra estratégia que o adulto usa a partir da sua infância... os pais saem para trabalhar e a criança se enche de esperança pela hora do retorno; no caso do adulto, um relacionamento abusivo ou tóxico, que só causa desgaste, estresse e faz mal, é alimentado pela esperança de que o outro vai mudar ou melhorar, que o outro vai enxergar o quão valioso você é, e a relação vai ser possível, e assim, a pessoa vai vivendo a espera de um milagre!
Precisamos matar de fome essa dependência emocional, sem alimentar tantos sonhos que passam a depositar a sua alegria em outra pessoa!
Mantenha o controle da sua vida e seja mais importante para você, podendo respirar livremente, já que não temos e nunca teremos o controle de tudo!
Deixar de ser dependente afetivo do outro é ser bacana consigo mesmo!
Até à próxima semana! 🫶🏼
Sobre a colunista
Lucijane Lamêgo Guimarães tem 55 anos e é natural de Manaus (Amazonas). Ela é bacharela em Psicologia pelo Centro Universitário FAMETRO, no ano de 2017.
Como psicóloga clínica, atua em consultório fazendo psicoterapia com o público de adolescentes, adultos e idosos.
Fonte: escrito por Lucijane Lamêgo para o Porto de Lenha News
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