O suicídio não acontece por uma única causa, e sim por multifatores, mas existem 2 considerados preponderantes:
🟡 os fatores predispostos, que envolvem genética, hereditariedade, e que já fazem parte da história da pessoa, como maneira de enfrentamento às adversidades, os nãos aos desafios, apegos inseguros, um padrão disfuncional na comunicação, os transtornos mentais - depressão/transtorno bipolar/esquizofrenia/ borderline - ressaltando que NÃO NECESSARIAMENTE, quem sofre com algum desses transtornos vai consumar o ato, mas um dia, uma hora ou outra pode sim, passar pela cabeça essa ideação, vontade de desistir, especialmente quando se passa por grandes obstáculos e os mecanismos da pessoa são frágeis, e com isso, numa situação caótica podem surgir esses pensamentos, porque não há como se deter um pensamento, mas há como reagir a ele, através do manejo e acolhimento, pois enquanto a pessoa está no planejamento e na ideação, tem como reconstruir o ânimo pela vida;
🟡 os fatores precipitantes - que são considerados como " a gota d'água que faltava" - esses reduzem o suicídio a uma causa única, pela necessidade de se justificar, encontrar uma razão, uma única explicação para o ato do suicídio, então se começa a sugerir alguns motivos, seja pela perda do emprego, ou uma traição, ou ainda sonhos e expectativas frustradas, porém são conclusões equivocadas. Quem somos nós para tentarmos encontrar uma explicação para tal ato? O fato é que, a verdade vai embora junto com quem se matou... 😔
E se a pessoa tentou e não conseguiu consumar o ato? O estudo da suicidologia se refere a tratativa do paciente e seus familiares porque todos ficam sob forte impacto, e nessa fase precisa-se extrair flores de pedras, na expectativa de ressignificar tudo e todos, pois cada um conhece sua própria dor e a manutenção emocional é o quê de mais hábil se pode contar, porque quando alguém compartilha ou mostra sinais de que algo não vai bem, é hora de agir. Pode-se notar uma mudança abrupta de comportamento, falas que demonstram a preferência pela morte, desejos revelados de não querer dar trabalho ou continuar sendo um fardo, expor sobre sensação de incapacidade para resolução de situações que trazem vulnerabilidade, enfim... falar é a saída; dizer, comunicar, expressar sobre o que incomoda sobremaneira é a solução, porque do contrário, vai se criando um processo de acúmulo autodestrutivo, que são os 4 d's: desespero, desesperança, desamor e desamparo, que formam uma crença disfuncional, que a morte SERIA a única saída para encerrar esse ciclo de sofrimento; quando esses 4 d's são trabalhados e nesse trabalho coloca-se vida, dando ênfase ao respirar, e ativar a mente, sem tantas exigências, partindo do princípio que, após um tsunami nada volta igual, mas com paciência e constância pode-se ressurgir das cinzas!
O que enobrece de fato nossa existência e nos garante vida, é a forma com a qual lidamos com o sofrimento, sem fugir dele, para que não volte com uma força maior.
Desejo vida, movimento para o corpo e mente a você, a mim, a todos nós! 🌼
Sobre a colunista
Lucijane Lamêgo Guimarães tem 55 anos e é natural de Manaus (Amazonas). Ela é bacharela em Psicologia pelo Centro Universitário FAMETRO, no ano de 2017.
Como psicóloga clínica, atua em consultório fazendo psicoterapia com o público de adolescentes, adultos e idosos.
Fonte: escrito por Lucijane Lamêgo para o Porto de Lenha News
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