No último sábado (22), o Casarão da Inovação Cassina abriu as portas para a apresentação do espetáculo “Cabaré Chinelo”, do Ateliê 23, no encerramento do I Congresso Amazônico de Psicanálise. É a primeira vez que o prédio histórico, que sediou o Hotel Cassina durante a Belle Époque, recebeu a produção sobre a realidade de meretrizes que viveram na época da Borracha. O projeto denuncia um esquema de tráfico internacional e sexual no início do século XX, na capital do Amazonas.
“É um momento inédito e muito relevante para cena cultural manauara, porque é a primeira apresentação artística dentro do que um dia foi o Hotel Cassina, que era o ápice e o símbolo maior das negociações políticas no Estado”, comentou Taciano Soares, diretor do Ateliê 23. “O ‘Cabaré Chinelo’ inaugura o movimento de lançar luz às verdadeiras protagonistas desse período muito violento e faz ecoar as vozes dessas mulheres para resgatar a história dentro do prédio”.
Taciano Soares, que interpreta o Kafter, assina a direção geral do espetáculo, com a diretora e dramaturga argentina Jazmín García Sathicq na co-direção, e divide a dramaturgia com Eric Lima. Ele contou que a apresentação se deu a partir do convite do Congresso de Psicanálise.
“Um grupo de pessoas da Psicanálise assistiu ao ‘Cabaré Chinelo’ e viu nele condições de debates dentro da área da saúde mental, onde eles atuam. É um desdobramento do nosso trabalho”, explicou o diretor. “É interessante ver outras frentes levantando debates sobre espetáculo para além da perspectiva teatral e histórica”.
Adaptação – Eric Lima, ator que vive o Diabo na obra inspirada na pesquisa de Narciso Freitas e também assina a assistência de produção, direção musical e coreografia, destacou que foram feitas adaptações para a peça no Casarão da Inovação Cassina. Segundo ele, no novo espaço, a dinâmica e o ritmo são diferentes, assim como toda a organização com acústica.
“Foi emocionante para quem que estava em cena, pelo contato com todas as energias desse lugar e as histórias dessas mulheres, que são reais, onde realmente tudo se passou cem anos atrás”, pontuou o artista. “Foi uma apresentação para fazer justiça a alma dessas mulheres, essas denúncias que trazemos são como uma reparação histórica”.
Agenda – Neste mês, o Ateliê 23 volta a contar a história de Mulata, Balbina, Antonieta, Soulanger, Felícia, Laura, Joana, Luiza, Enedina, Sarah, Maria e Gaivota no Teatro Gebes Medeiros (Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro). As apresentações estão confirmadas nos dias 27, 28 e 30 de abril, quinta e sexta às 20h e domingo às 19h.
Em maio, o espetáculo vai ser apresentado em 25, 26, 27, 30 e 31 às 20h e, no dia 28, às 19h.
Os ingressos vão ser vendidos na bilheteria do espaço por R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira). O pagamento pode ser feito por meio de Pix, dinheiro e cartões de crédito e débito.
O “Cabaré Chinelo” tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), além da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Fondo de Ayudas para las Artes Escénicas Iberoamericanas – IBERESCENA.
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