“Eu estou muito feliz, eu nunca vi o Papai Noel na minha vida!”. O relato inocente de Priscila Barros, de 8 anos, foi feito durante mais uma apresentação do “Natal Itinerante”, na quarta-feira (14/12), desta vez no bairro Alvorada, zona oeste da capital.
A programação “O Mundo Encantado do Natal”, promovida pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS), resgata a emoção e a magia natalina em crianças e também nos adultos.
A avó de Priscila, Rosele Oliveira, 52, conta que a neta nunca teve oportunidade ver um espetáculo teatral e encontrar o Papai Noel.
“A única vez que a gente pôde levar a Priscila no shopping para encontrar o Papai Noel, ela não conseguiu ver. Ele não foi por causa da pandemia”, explicou. “Estou muito emocionada. Uma maravilha, nunca tem nada aqui, é uma maravilha e eu estou adorando”.
A plateia nos bairros por onde passa o “Natal Itinerante” é composta também por adultos que, muitas vezes, não puderam viver esse momento lúdico. Elizelma Taveira, levou os filhos Ryan, 4, e Sophia, 14, também contou sobre a experiência.
“Eu sinto muita alegria, não deixa também de ser uma nostalgia até mesmo pra mim, que em algum momento não tive oportunidade de viver isso e agora posso trazer os dois”, revelou. O pequeno Ryan não desgrudou os olhos do palco após a chegada do Papai Noel.
Viver a infância
Socorro Andrade, diretora da Cia Metamorfose, responsável pela programação teatral do “Natal Itinerante”, destaca a participação dos artistas no fortalecimento das memórias afetivas das crianças.
“Que elas possam viver a infância, essa fase é tão importante e elas vão levar para sempre. Para a gente é emocionante demais a gente poder estar aqui compartilhando arte, compartilhando carinho, afeto por esse público, que está tão encantado, ficou com os olhinhos ligados”, afirmou.
Ter a família em volta do espetáculo, em união, também faz parte da magia do Natal, segundo a diretora.
“Com certeza os adultos devem lembrar da sua infância, quem sabe muitos deles não tenham tido também esse momento de lazer, de cultura? A criança emocionada por estar vendo uma coisa tão maravilhosa, feita com muito carinho”, completa.
