Com o objetivo de capacitar jovens para se tornarem líderes na luta contra as mudanças climáticas e fortalecer a voz da juventude nas decisões sobre o futuro da Amazônia, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) realizou, entre os dias 01 e 05 de julho, a COP das Crianças da Floresta e a Oficina de Media Training. As ações aconteceram no Núcleo de Inovação e Educação para o Desenvolvimento Sustentável (Nieds) Victor Civita, localizado na comunidade do Abelha, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma, no município de Novo Aripuanã (AM), e reuniu 49 crianças e adolescentes de 15 comunidades ribeirinhas do entorno.
O evento integra o projeto Formando Líderes para uma Amazônia Viva, com apoio da Mitsubishi Corporation Foundation for the Americas (MCFA), e teve como foco o nivelamento de conhecimento sobre as Conferências das Nações Unidas de Mudança do Clima (COP) e o desenvolvimento de habilidades em comunicação, negociação e liderança. Ao longo de cinco dias, os jovens vivenciaram rodas de conversa sobre os impactos das mudanças climáticas na vida das comunidades e justiça climática, construíram propostas para o futuro da floresta e simularam negociações inspiradas nas conferências da ONU.
Segundo a Superintendente Geral Adjunta da FAS, Valcléia Lima, investir na comunicação das juventudes amazônicas é uma estratégia essencial para garantir representatividade e transformação real. “Formar jovens comunicadores da floresta é uma estratégia potente para garantir que a Amazônia seja representada por quem vive nela. O engajamento e a disposição desses jovens para discutir soluções e comprometer-se com a conservação de sua terra e sua cultura são um exemplo de liderança e esperança para o futuro da Amazônia. Eles estão prontos para ser agentes de mudança, não só nas suas comunidades, mas em todo o mundo,” afirmou a superintendente.
Um dos pontos altos da programação foram as atividades práticas de media training, que capacitaram os jovens em técnicas de comunicação e produção de conteúdo multimídia, com foco no fortalecimento de suas vozes como representantes da floresta. As atividades ensinaram, utilizando a metodologia participativa e elementos de gamificação, como organizar falas, estruturar discursos e lidar com entrevistas, até a importância de se comunicar com clareza e segurança em espaços públicos. Além das habilidades técnicas, as oficinas promoveram a valorização das culturas tradicionais, incentivaram o protagonismo juvenil na defesa dos direitos das populações ribeirinhas e indígenas, e ampliaram a consciência dos participantes sobre questões ambientais e políticas públicas que impactam diretamente seus territórios.
Para o estudante Léo Queiroz, 16 anos, morador da comunidade Brasões, a experiência foi enriquecedora e cheia de aprendizados. “Participar dessa formação foi um privilégio enorme. É uma chance única de aprender metodologias diferentes, que a gente não vê no dia a dia, e que a FAS trouxe para nós. Foi um prazer imenso fazer parte de um evento tão importante para o nosso futuro”, contou.
Durante a simulação da COP, os participantes elaboraram o Pacto das Crianças pelo Clima, um documento coletivo com propostas para a proteção dos ecossistemas amazônicos, o enfrentamento das mudanças climáticas e a valorização dos modos de vida tradicionais.
O estudante Julielson Amazonas Fernandes, 19 anos, morador da Comunidade Santo Antônio, avaliou a formação como um impulso para sonhar mais alto e acreditar em seu potencial. “Me sinto muito feliz e honrado de estar aqui. Foi uma oportunidade de aprender com os professores, mas também de compartilhar o que sabemos e levar esse conhecimento para a nossa comunidade. Quero continuar estudando, dar orgulho pros meus pais e mostrar que vale a pena acreditar nos nossos sonhos. Espero que outros jovens não desistam, porque isso é muito importante”, enfatizou o estudante.
A formação faz parte da preparação da FAS para que adolescentes e jovens da Amazônia tenham acesso às ferramentas necessárias para defender seus direitos de uso dos territórios, dialogar com o mundo e ocupar com autonomia os espaços em que as decisões sobre o clima e o futuro da floresta estão sendo tomadas.
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