O Amazonas vem registrando um aumento expressivo no número de empreendedores nos últimos anos. De acordo com dados do Sebrae-AM, o estado alcançou a marca de mais de 220 mil pequenos negócios ativos, incluindo microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte. Grande parte desses empreendimentos nasceu da necessidade durante a pandemia e agora precisa se consolidar em um mercado mais competitivo e digitalizado. Responsável por grandes players nacionais e, agora, atuando nos EUA, o amazonense Vinicius Areb explica aponta caminhos estratégicos para essa transformação.
Nesse novo cenário, ter presença nas redes sociais deixou de ser apenas uma opção — virou uma questão de sobrevivência. A digitalização acelerada do consumo e a mudança de comportamento do cliente obrigaram empresários a reverem suas estratégias de comunicação. Muitos estão correndo para entender como posicionar suas marcas no ambiente digital, gerar autoridade e transformar seguidores em clientes.
“O digital virou a principal vitrine de negócios em todo o país. Quem não se posiciona de forma estratégica acaba perdendo espaço — e vendas”, explica o estrategista digital Vinicius Areb, que atua nacionalmente e internacionalmente com foco em construção de autoridade online para empreendedores.
Segundo Areb, um dos maiores erros dos empresários é pensar que presença digital se resume a “estar no Instagram”. “É preciso clareza de posicionamento. Não se trata só de postar fotos ou vídeos, mas de construir uma narrativa sólida, que gere conexão e transmita valor ao público-alvo”, completa.
Por onde começar?
De acordo com Vinicius Areb, o processo de posicionamento estratégico no digital pode ser iniciado por três pilares fundamentais:
1. Clareza sobre identidade e propósito: Quem é o empresário? O que ele oferece de único ao mercado? Para quem?
2. Produção de conteúdo relevante: Falar com frequência e profundidade sobre temas ligados ao seu produto, serviço ou causa.
3. Relacionamento com o público: Responder, interagir, ouvir — e ajustar a rota de acordo com o retorno dos seguidores.
Em Manaus e nas cidades do interior, há ainda um desafio extra: a profissionalização da comunicação. Muitas empresas ainda mantêm suas redes sociais como canais informativos, sem estratégia de posicionamento ou diferenciação. Isso impacta diretamente na capacidade de atrair e fidelizar clientes.
Para Areb, a solução está em tratar a presença digital como ativo de marca, e não apenas como vitrine. “A internet deu voz aos pequenos. Um negócio local pode conquistar autoridade nacional se tiver clareza, consistência e estratégia. Já vemos isso acontecer no Amazonas com empreendedores que decidiram se posicionar com intenção.”
Oportunidade para novos negócios
A boa notícia é que o Amazonas também se destaca pela força criativa e cultural dos seus empreendedores, muitos deles ligados à moda, gastronomia, turismo e sustentabilidade. Setores que, quando bem posicionados no digital, têm grande potencial de alcance e exportação de imagem.
O Sebrae-AM aponta que mais de 40% dos novos empreendedores do estado são mulheres e que a faixa etária com maior concentração de abertura de empresas é entre 25 e 39 anos — exatamente o público mais ativo nas redes sociais.
O movimento de digitalização do posicionamento empresarial já é uma realidade no Amazonas. E para quem deseja crescer, comunicar valor e se destacar em meio à concorrência, a presença digital estratégica deixou de ser tendência — virou requisito básico de crescimento e competitividade.
